Em virtude das diversas dificuldades financeiras enfrentadas pelo município de Lagoa Seca, principalmente as ocasionadas pelas chuvas e pelo bloqueio da merenda escolar - devido a uma irregularidade na prestação de contas ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Ministério da Educação, referente aos anos de 1999 e 2000 - e diante do fato do município ter decretado situação de calamidade pública, é que a administração municipal decidiu cancelar o desfile cívico em alusão ao Dia da Independência, que estava programado para acontecer no próximo dia 4 de setembro.
Segundo os técnicos da Secretaria de Educação, a prefeitura precisa fazer contenção de despesas para superar o momento de dificuldades, até que estes recursos possam ser liberados novamente e a situação se normalize nas escolas. Há também despesas com a manutenção de ônibus escolares devido aos desgastes deixados pelas fortes chuvas que caíram na região, danificando estradas de acesso a zona rural. "O município não passa por um bom momento financeiro, por isso resolvemos cancelar o desfile, já que isso representaria despesas extras com lanche, material para fabricação de adereços e com transporte. Assim, todos os nossos esforços estarão voltados para a melhoria das escolas e das condições de acesso a elas", disse a diretora do Departamento de Educação, Maria da Conceição Jerônimo.
A professora também informou que o Dia da Independência será comemorado de outra forma, "as escolas vão trabalhar refletindo a data em sala de aula e despertando os alunos para o verdadeiro sentido do Dia 7 de Setembro, fazendo com que eles descubram o que há para se comemorar e o que há para se cobrar em favor da independência", comentou a coordenadora.
A administração municipal já entrou com um mandado de segurança para regularizar a situação da merenda. Em Lagoa Seca, 30% dos recursos destinados ao programa de merenda escolar, são gastos com a aquisição de produtos da agricultura familiar local, que são escolhidos por uma nutricionista e são inseridos no cardápio das escolas. Com o bloqueio, 19 famílias que participam do PNAE também foram penalizadas. Todos os anos, o projeto encaminha mais de 56 toneladas de alimentos as unidades de ensino em funcionamento no município.
Da Redação com Click PB
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