O exame de DNA, feito pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba, de comparação entre o material genético encontrado no corpo da estudante de 15 anos Rebecca Cristina e de quatro possíveis acusados do crime, seu padrasto, dois ex-namorados e um presidiário em regime semiaberto, deu negativo.
O anúncio feito às 16h de terça-feira, dia 26, durante entrevista coletiva concedida pelos delegados responsáveis pelas investigações do caso, Pedro Ivo e Marcos Paulo Vilela, pela gerente executiva da Polícia Civil Metropolitana, Daniela Vicuuna, pelo diretor do IPC, Humberto Pontes e pela perita responsável pelo exame, Ana Carolina Bernardi.
“Este exame é muito importante para o rumo das investigações, no entanto não elucida o caso. Com o resultado negativo podemos dizer tecnicamente que não há um indiciado, no entanto ainda temos suspeitos. Os quatro suspeitos que cederam o material genético foram descartados para o crime de estupro, mas não das investigações”, explicou o delegado Pedro Ivo. O exame ainda apontou que apenas um homem violentou a adolescente, uma vez que foi encontrado o material genético de apenas um perfil masculino, e que este criminoso forçou a prática anal e vaginal na vítima.
Além do exame de DNA, foi revelado o laudo toxicológico da estudante. O resultado para possível presença de álcool ou alguma outra droga no sangue de Rebecca antes do crime também deu negativo. O evidenciamento de escoriações pelo corpo da vítima corroboraram com o exame toxicológico. “As escoriações encontradas pelo corpo da adolescente levou os peritos a crerem que houve uma resistência ao crime, logo detectamos e coletamos pedaços de pele do acusado nas unhas da vítima e catalogamos para futuras análises”, informou Humberto Pontes. O diretor do IPC afirmou ainda que o projétil que tirou a vida de Rebecca foi disparado pelas costas e bem próximo a vítima, quase à queima roupa.
Foi revelado pelo delegado Marco Paulo Vilela, titular da Delegacia de Homicídios, que a vítima teria sido capturada por volta das 7h e assassinada no intervalo de 8h10 às 12h10 no próprio local onde foi encontrada morta, no matagal de Jacarapé. “São poucas as testemunhas que afirmam ter visto Rebecca nesse espaço de tempo”, explicou Vilela. A possibilidade da adolescente ter sido abordada por alguém próximo a ela oferecendo carona é cogitada pelos delegados, bem como a participação de mais de uma pessoa no crime.
Até o momento foram feitas pelos delegados à frente do caso 23 oitivas, foram solicitadas 16 perícias e foram feitas três apreensões de provas que podem contribuir para elucidar o caso, os celulares do último e penúltimo namorado, assim como o chip do aparelho celular de Rebecca.
Da Redação com O Norte
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